A Vanessa, do Mãe é Tudo Igual, propôs esta blogagem coletiva para tratar de um dos assuntos mais urgentes da atualidade: o bullying. Segundo a Wikipédia, Bullying é “um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.”
Em meus tempos de escola presenciei algumas situações – e fui vítima em outras – as quais, hoje, poderiam muito bem serem qualificadas como bullying. Sempre fui do time dos nerds, e no interior eles são elemento raro, então sobravam a mim, quase que exclusivamente, os apelidos de estranho, desengonçado, e um que muito me ofendeu na época: zumbi.
A escola e seus responsáveis negligenciam as vítimas por mera questão de conveniência. Devido às constantes agressões, a vítima de bullying acaba por se anular no ambiente escolar, acreditando que assim não chamará a atenção dos agressores, ficando isolados e quietos em um canto. Ao menos onde estudei, este tipo de aluno, o que não atrapalha a aula e não reclama de nada é considerado o tipo perfeito, e tido como um anjo. Comigo foi assim.
Isso deixa a incômoda impressão de que os professores, que são aqueles que mais tempo passam em contato direto com os alunos, e por tabela os que deveriam diagnosticar certos problemas, não se importam com o que sente o aluno, desde que este não atrapalhe o andamento das atividades. Isto quando não são eles os infames “adjetivadores”, e os professores de Educação Física parecem ter um talento todo especial para isso.
Acredito que somente com a união de pais e escolas, como muitos propõem, é que se pode abrandar esta prática, porém isso, nem de perto é tão fácil, e principalmente por que é raro que os pais do agressor, nas raras ocasiões onde são convocados – ou, antes, em que seu filho é identificado como um – admitam a culpa do filho, e o efeito de seus atos. Alguns chegam, até mesmo, a culparem as vítimas, que “não são homens o bastante para se defenderem”. Cansei de ouvir em briga de crianças a admirável frase: “Quem puder mais chora menos.” Se há uma ocasião onde ela não deveria ser empregada é nesta aqui.
Ademais, não acredito nem um pouco nesta alegação; já que ninguém sofre, apanha ou é humilhado por que quer, ou porque gosta, mas as agressões assumem uma dimensão tamanha que pouco se pode, ou se consegue fazer para revertê-la. Assim como para se reverter os danos causados nas vítimas.
O tema é amplo e, felizmente, vem sendo discutido. É um primeiro passo de uma jornada que se anuncia bastante longa.
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Para saber mais sobre Bullying, leia os posts dos outros participantes da blogagem. Eles podem ser vistos aqui.

21 comentários:
Luciano, muito obrigada por participar, apesar das dificuldades. Eu tb era da turma dos nerds. :-P Adorei esta coletiva. Beijo!
Luciano,
Fui vítima de bullying por ser muito tímido. Você tem razão, muitos professores silenciam quando um aluno seu é hostilizado pelos outros. E, em algumas ocasiões, os próprios professores contribuem para isso imprimindo adjetivações.
Por isso mesmo, desde que comecei a lecionar, disponho-me a falar sobre o tema com meus alunos e impedir que alunos que são vítimas do bullying sofram o que sofri. Não se trata de ser justiceiro; pelo contrário, o que faço é conscientizar os alunos sobre as consequências dessa prática e orientá-los a conviver passificamente com quem é diferente deles.
Eu também estou participando desta coletiva.
Abração, Luciano, e ótima semana.
Oi Luciano. Estou participando da blogagem tb. Sei como e dificil essa vida de ser vitima, e onde iso pode nos levar.
Bjs!
Algumas famílias ensinam em casa seus filhos a se 'defenderem' na rua e já ouvi pai dizendo: "Filho meu se apanhar na rua, chega em casa apanha de novo" e nas escolas sempre existe o "valentão", o "esperto", que chegam de suas casas! Acredito que a raiz do problema esteja nos lares e vem crescendo pelo distanciamento e qualidade de afeto!
Fora do assunto do bullying e outra questão das escolas, li um texto legal falando sobre como a escola 'deseduca'. Vou procurar o link e te passo!
Ainda bem que se saiu bem da opressão que passou na infância! Beijus,
Bela participação.Isso deve ser denunciado e as crianças bem avisadas...abração,lindo dia,chica
Vanessa,
Eu que agradeço, e parabéns pela proposta.
Beijo.
Valdeir,
Eu entendo o que você diz. Se tivesse me tornado professor também procuraria meios de impedir que este abuso acontecesse. Para as vítimas não é nada fácil passar por isso, e as expectativas para o futuro dos agressores também não é das melhores. O melhor meio, portanto, é intervir de alguma forma.
Um grande abraço, e ótima semana.
Ola´
As histórias contadas pelas pessoas que participaram desta coletiva é mais um testemunho do quanto este comportamento tem se mostrado, há muito, sem a devida atenção.
Abços,
Lembro de uma professora minha que deu a maior bronca na sala por causa de uma menina que vinha sendo vítima de bullying. Eu tinha sete anos e lembro que eu não estava entre os que provocavam, mas fiquei com vergonha por nunca ter defendido a menina. Ainda hoje sou apaixonada por essa professora.
Ótima questão, essa. Beijos, Luciano.
Luciano,excelente texto.Acredito que a maioria das escolas é muito omissa em relação ao bullying.
Um abraço,meu amigo.
OLA!
ESTAMOS NESTA LUTA.
QUEM SABE VOCÊ VEM COMIGO CONTRIBUIR TAMBÉM
O DEBATE CONTINUA.
Estou participando da coletiva.
Pois ele tem suas diversas manifestações, que precisam ser observadas.
Algumas atitudes e comportamentos são comuns de um estudante vítima de bullying.
Venha ver as demais no meu blog interação de amigos.
http://sandrarandrade7.blogspot.com
Vamos todos lutar por esta causa.Vamos dizer não.Temos que lutarmos contra o tempo. Muitas coisas ruins já estam acontecendo.
Muitos ainda estam cegos..Outros não querem se envolver. Mas nós podemos fazer a diferença..Divulgando e lutando..
A batalha é nossa, não podemos perdê-la.
Carinhosamente,
Sandra
Di,
Essa história toda é muito triste, e, mesmo que uma das partes não reconheça, o é para ambas.
Abraços.
Luma,
Essa do "Filho meu se apanhar na rua, chega em casa apanha de novo" é clássica e medonha na mesma medida. E, ao que parece, está longe de sair de moda.
Fico esperando o link ;)
Beijo.
Chica,
Concordo com você, o assunto deve ser debatido, só assim pode-se vencê-lo.
pensandoemfamilia,
Pois é, a impressão que se tem é que foi necessário se dr um nome estrangeiro para que o ato fosse devidamente levado em consideração. Mas é aquela história: antes tarde que mais tarde ainda.
Abraços.
Marina,
Infelizmente pessoas como ela são raras, mas quando existem consegeum inspirar quem está ao seu redor.
Abraços.
James,
Infelizmente tenho que concordar: o ambiente escolar, em algumas situações, podem ser aterorizantes.
Abraços.
Olá,
Acredito que a maioria de nós já sofreu a brincadeira sem graça, só não tínhamos o conhecimento e a divulgação que temos hoje.
Muitos pais estimulam os filhos ao deboche, a revanche e com isso temos adultos preconceituosos e violentos.
Abraços.
Regina,
Concordo. Muitas pessoas devem ter sofrido bullying mas ainda não havia uma caracterização ou nomenclatura para a prática. E pais que estimulam os filhos a isto, é o fim!
Grande abraço.
no ambiente escolar é complicado...
mas, acho que tem pessoas que tb se vitimizam demais com o bullying... quase sofri disso na escola, mas não deixava ninguém montar em cima de mim (anyway, não sou parâmetro, todos sabem o quanto que sou venenoso e pré-psicopata).
Besos, Lu.
É COM MUITO CARINHO QUE CURIOSA VEM LHE OFERECER UM LINDO SELO MUNDO MELHOR. SEI O QUANTO PRECISAMOS LUTAR POR ELE. CULTIVAR A PAZ E MANTER O AMOR É UM DESSES CUIDADOS PRIMORDIASI.
ENTÃO VENHA BUSCAR NESTE LINDO CANTINHO
http://sandraandrade7.blogspot.com/
VOU FICAR MUITO FELIZ COM A SUA VINDA.
SANDRA
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