Existem muitos talentos que eu não tenho mas, ao menos, sei aplaudir quem tem. Já falei aqui sobre a minha extrema inaptidão para desenhar, agora, inspirado na minha total incapacidade de cantar decentemente, começo uma série com aqueles que são, para mim, os donos – e donas – das mais belas vozes do mundo.
Começo com um ícone de toda uma geração: Janis Joplin.
Janis Joplin nasceu em Port Arthur, Texas, em 19 de janeiro de 1943. Cresceu ouvindo blues e cantando no coro local. Nos poucos 27 anos em que viveu deixou uma marca de talento, escândalos e drogas, muita droga. Dona de uma voz inconfundível – Mamma Cass ficou boquiaberta assistindo uma apresentação sua - e de um estilo todo seu, Janis teve uma carreira meteórica nos seus 7 anos de estrada, incluindo uma passagem pelo Rio de Janeiro para tentar se livrar da dependência da heroína, onde foi expulsa do Copacabana Palace, barrada nos desfiles de escolas de samba e, dizem, namorou o roqueiro Serguei.
Janis foi encontrada morta em 4 de outubro de 1970, em decorrência de uma overdose de heroína e álcool.
Seis meses depois foi lançado o álbum póstumo Pearl (seu apelido entre os amigos), com seu maior sucesso – Me and Bobby McGee. Morreu a artista, nasceu o mito.
"Posso não durar tanto quanto outras cantoras mas sei que posso destruir-me agora se me preocupar demais com o amanhã." Janis Joplin
Abaixo três das minhas preferidas de Janis Joplin.
Mary Jane
Me and Bobby McGee
Ball and Chain Live At Monterey '67
9 comentários:
Sim, pra mim ela é Diva: aquela que faz com que se prostem à sua frente, quedados por seu talento, carisma e força.
Nasce festa, cresce aos saltos,
Roça de leve quando passa,
É de éter.
Quando pisa, rasga a vida,
É lava de libido.
Escorre brilho pela fresta
Do olho da outra.
É espelho
Quando é a mesma.
Quando veste seda e renda,
Coleira de pérola,
Brinca com a pele nua.
Quando quer mostra o gênio,
É deusa.
É altiva, quando vadia.
Diva é vento,
Leva o medo e traz a graça.
Em cada poro é alegria.
Quando é triste, faz troça,
Esconde a dor atrás dos dentes,
Dissimula meia vista
E mostra a língua.
Bea,
creio que não há forma melhor de definir uma diva e o sentimento que elas nos trás, o que nos faz sentir, em relação a ela e a nós mesmos.
Muito obrigado pelo comentário, abraços.
Janis era mais que uma diva talvez.A força da voz pairou sobre tudo mais.Uma desenraizada no mundo,flor do lodo,dama da visceralidade,exilada de um lugar que nem ela mesma sabia.Amo Janis por muitas razões que demorariam muito para explicar.
Obrigado pelo post,Luciano.Grande abraço.
James, Janis é tudo e mais um pouco, é musa, é diva, é mito. É Janis.
Nossa, tem tanta coisa linda da Janis... Que a gente escuta e sente a dor que talvez ela sentiu ao cantar. E sentimos a nossa própria dor... Kozmic Blues, Maybe, a própria Me and Bobby McGee. Um legado e tanto.
Ótima lembrança.
Cheiro.
=*
Oi Gisele, é sempre bom lembrar Janis, e não só lembrar, mas também sentir.
Abraços.
olá, preciso de seu email pra blogagem do dia 26
por favor, mande pra bmgrupos@gmail,ok?
Oi Bea, já enviei, abraços.
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