Explico.
Aqui em casa tínhamos dois cachorros, Dragão, um vira lata, e Freud, um boxer. Pra mim dois já eram demais, porém meu irmão queria mais um. Fui contra toda a vida, mas ele acabou comprando uma cadela boxer, que, nem preciso dizer, me pegou de jeito num instante.
Me afeiçoei rapidamente. Leoa - era esse o nome dela - chegou aqui com 30 dias de vida, recém acabada de desmamar, nem imaginava que fosse gostar tanto daquela coisinha pequena, fedendo a baba de cadela. Pode parecer estranho, mas ela era bonita de tão feia, com o maxilar beeeem avantajado, e uma orelha sempre ereta, enquanto a outra pendia sobre a cabeça.
É, mas nem tudo são flores.
Os outros cachorros, Dragão e Freud, que antes conviviam pacificamente, passaram a brigar ferozmente pela "posse" da Leoa, se engalfinhando no quintal, não podiam nem se ver que já começavam a rosnar, muitas das vezes partiam para brigas onde pelo menos um terminava sangrando as bicas.
Sem que os animais entrassem num acordo, nós, humanos porém não menos animais, tivemos que tomá-la, e não foi outra senão a pior possível: doar a Leoa.
Buscaram-na hoje, enquanto estava no trabalho. Foi melhor assim. Ficam as fotos, e as lembranças daquela que me recepcionava no portão todos os dias, e que lambia meus pés irritantemente quando eu saía do banho.
Só espero que cuidem dela, e a amem, como a amei.
Aqui em casa tínhamos dois cachorros, Dragão, um vira lata, e Freud, um boxer. Pra mim dois já eram demais, porém meu irmão queria mais um. Fui contra toda a vida, mas ele acabou comprando uma cadela boxer, que, nem preciso dizer, me pegou de jeito num instante.
Me afeiçoei rapidamente. Leoa - era esse o nome dela - chegou aqui com 30 dias de vida, recém acabada de desmamar, nem imaginava que fosse gostar tanto daquela coisinha pequena, fedendo a baba de cadela. Pode parecer estranho, mas ela era bonita de tão feia, com o maxilar beeeem avantajado, e uma orelha sempre ereta, enquanto a outra pendia sobre a cabeça.
É, mas nem tudo são flores.
Os outros cachorros, Dragão e Freud, que antes conviviam pacificamente, passaram a brigar ferozmente pela "posse" da Leoa, se engalfinhando no quintal, não podiam nem se ver que já começavam a rosnar, muitas das vezes partiam para brigas onde pelo menos um terminava sangrando as bicas.
Sem que os animais entrassem num acordo, nós, humanos porém não menos animais, tivemos que tomá-la, e não foi outra senão a pior possível: doar a Leoa.
Buscaram-na hoje, enquanto estava no trabalho. Foi melhor assim. Ficam as fotos, e as lembranças daquela que me recepcionava no portão todos os dias, e que lambia meus pés irritantemente quando eu saía do banho.
Só espero que cuidem dela, e a amem, como a amei.
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