Bit Generations - Orbital




Numa geração onde potência gráfica e controle complexos eram requisitos básicos para que um game vendesse bem, era quase impensável que uma empresa lançasse um game com características simplistas, quanto mais uma série inteira.

A questão é que era uma coisa impensável dependendo do ponto de vista de quem lançasse o game. Sempre na vanguarda, a BigN mostrou mais uma vez por quê dita as regras do mercado de games, e inovou à exaustão com a série bit Generations, de sete jogos, desenvolvidos sob a batuta da skip Ltd.

Lançado em 27 de julho de 2007, na segunda leva da série, Orbital é o game que mais me chamou atenção de todos. Com uma premissa simples, você controla um corpo celeste que vaga pelo espaço, sofrendo a influência gravitacional dos outros corpos. Para controlá-lo, usa-se apenas os botões A e B, o primeiro para se aproximar do corpo (planeta), o segundo para se afastar.

Mas o game não se limita a isso. Para pontuar nas fases é necessário atrair outros astros, para aumentar a sua massa (astros azuis aumentam a massa e o diâmetro) ou para que passem a girar ao redor de sua órbita, como satélites naturais. É aí que o game te pega de jeito. Neste momento a música sem graça e estéril do jogo dá lugar a uma mais bem elaborada, que remete ao triunfo, e que muda de acordo com o corpo "capturado" (pode-se atrair luas amarelas ou corpos cinzas de diversos tamanhos), sendo que a fase só termina ao se capturar um corpo amarelo.


Simples, mas não tão fácil, é uma longa jornada passar pelas 10 galáxias do jogo, cada uma com 10 estágios, tendo que aprender a usar a gravidade a seu favor, tanto para ganhar velocidade quanto para direcionar seu astro para a direção desejada.

Orbital mostrou como os games podem ser imersivos e interessantes sem se gastar milhões em sua produção. Ponto positivo pra skip Ltd., pela execução do projeto, e para a Nintendo, pela visão de que os games deveriam seguir por caminhos direferentes aos propostos pela concorrência.

Se me perguntassem se jogar games vale a pena, eu diria que sim. Hoje, após ter jogado Orbital, eu diria, COM TODA A CERTEZA, que sim.



*
Em 29 de setembro de 2008 foi lançado nos EUA um remake de Orbital para WiiWare chamado Orbient.


3 comentários:

Luciano A. Santos disse...

Os comentários abaixo foram postados originalmente usando o Intense Debate, que parou de funcionar em 18 de Maio de 2009, e foram reproduzidos aqui tal qual foram postados naquela época.

Ester disse...

Olá querido amigo!

Bem vindo ao Esterança! Sua participação já está confirmada na Blogagem Coletiva e será essencial para este projeto!

Abs,

Luciano A. Santos disse...

Obrigado :)

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